Escrevo todos os dias por uma razão...
Amar...
O meu coração controla o pensamento e faz com que solte tudo o que me vai na alma...
Amor simplesmente, algo mais puro, que corre pelas veias...
Nem sempre é o que chamam perfeito, com sorrisos, felicidade, também é sofrimento, dor, lágrimas...
A escrita é as minhas lágrimas, os meus sorrisos, a minha felicidade e o meu sofrimento...
A escrita é uma parte do meu amor em forma de letras, palavras, frases, textos...

sábado, 19 de setembro de 2015

-" Só mais um talvez, não sei..."

Por vezes sinto-me um pouco perdida, à beira de uma imensa loucura. Não sei o porquê de me sentir como tal, mas causa um desconforto tão grande que por vezes dou por mim num abraço apertado tentando aguentar a dor que se apodera por dentro do corpo.
Não sei o que é, não sei o que preciso sequer. Ou talvez saiba, nem sei bem, é daquelas coisas que se metem na cabeça e nos confundem durante tempos e tempos.
Secalhar um simples abraço, não meu, mas de alguém que o saiba dar pudesse mudar alguma coisa, ou até mesmo, secalhar meras palavras poderiam mudar estes meus dias estranhos.
Não sei, é uma incógnita tão grande, sinto até que por vezes as incertezas me deixam cansada, com o corpo dorido, porque por vezes não consigo dormir, as voltas são imensas de volta da almofada que teima em não ganhar a forma que eu quero, os pensamentos sobem à cabeça, e entra numa actividade tão grande a nível cerebral, que eu ali por vezes, contemplando o tecto escuro do meu quarto, com as pequenas luzes que espreitam das frinchas dos estores.
Talvez seja assim que tem  de ser, sentir isto de vez em quando, esta solidão, quando estou perdida.
Ou podem as coisas mudar e deixar de sentir.
Mas por enquanto, as palavras vão sendo escritas num desabafo perdido por pensamentos confusos e abstratos. Talvez um dia alguém os compreenda, ou talvez eu mesma. É só mais um talvez, não sei.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Meu Querido Rui ♥

Chegou o dia, chegou o dia que tanto aguardavas, mas que infelizmente não tiveste. O dia em que completarias os teus dezoito anos.
Lembro-me o quanto ansiavas os dezoito, para poderes tirar a carta, seres mais independente, puderes fazer o que qualquer rapaz de dezoito anos quer fazer. Mas infelizmente tiraram-te isso no dia em que deste o teu último sorriso.
Sorriso esse que apenas posso ter em memória neste teu dia. E que magoa tanto o peito, com o aperto que dá no coração.
Magoa ainda mais por saber que não consegui visitar-te no hospital, que a mensagem que te mandei não foi entregue pois já havias iniciadoa tua viagem, para o mundo brilhante, sem dor, onde eu sei que deves correr todos os dias, com o teu lindo sorriso nos lábios, acompanhado do brilho dos teus lindos olhos verdes.
Como tenho saudade dos ver, até eles sorriam às vezes quando fazia aquelas visitas a tua casa, visitas essas que eu adorava fazer, recebida pela tua pequena Minie, e pela mais recente niquita que me mordia imensamente as orelhas quando subia no meu colo.
Tenho tantas saudades, ainda não consegui entrar na tua casa novamente, porque tenho medo de não te ver, de ver as tuas fotografias e saber que só existe aquilo. O teu quarto vazio, a tua mãe, o teu pai, mas especialmente a tua mãe, e não ver aquele olhar feliz que ela sempre teve, porque tu faltas lá. Ainda não tive coragem mas prometo que assim que o coração começar a cicatrizar que irei dar mais um beijinho à tua mãe. Por enquanto já te visitei, espero que tenhas visto, espero que entendas que apesar do teu corpo ter partido, eu sei que ainda estás comigo, com o Jorge, com todos nós.
Que onde estejas, que estejas feliz, neste teu dia de aniversário, meu sempre guerreiro, meu primo, Rui Ribeiro, a estrelinha mais brilhante...

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Confusão da compreensão



Dou por mim de volta a este mundo.
 Não sei, senti necessidade disto, de voltar a escrever, de voltar a expressar tudo o que sinto dentro de mim. Tudo o que me esmaga o peito e me aperta o coração.
Estou num dilema que me confunde, não sei definir o meu estado de espírito, estou feliz? Estou triste? Ou até normal? Bem, normal talvez não, senão a confusão não seria tanta.
Porquê escrever de novo, porquê querer desabafar de novo? Quando os anos foram passando e as palavras escritas foram substituídas por palavras ditas? Porque palavras ditas não conseguem ser ouvidas e eu tenho necessidade de ser ouvida, de ser compreendida, e acho que me "ouvem" mais, me compreendem mais, quando escrevo. Não sei, talvez seja de ser mais expressiva pelos dedos que percorrem o teclado, ou escrevem com uma simples caneta, do que a minha própria boca, que por vezes gagueja por entre lágrimas que os olhos teimam em expulsar.
Por vezes não sei o porquê das lágrimas fugirem dos meus olhos, talvez o meu corpo já sinta mais o cansaço que o meu próprio coração. Aquele cansaço de demonstrar os sentimentos, que só o coração pode sentir, mas que teima em não ver que não vale a pena sentir. Talvez seja um aviso do meu corpo a avisar para parar com tudo isto, para seguir em frente e deixar para trás quem me faz mal. Ou o quê me faz mal. Aliás a confusão é tanta que nem sei se é quem ou o quê.
Prefiro pensar que seja o quem, para assim deixar esse assunto para trás, porque existem muitos "quem" por aí, pena que o coração teime em sentir, e a saudade aperta dentro do peito, porque o que muitas vezes quero é que o tempo volte atrás, e que tudo volte a ser o que era, mas ele não quer voltar, e eu tenho medo, muito medo, de nunca mais ser ouvida, de nunca mais ser compreendida.