
- Depois de tantas vivências juntos, depois de tanto amor demonstrado, depois de tanta felicidade, depois de tantos depois, um agora repleto de nada.
Um agora solitário, em que o sentido se procura na esperança de se encontrar uma resposta para os acontecimentos passados. Mas tudo é em vão, e por mais pensamentos que se tenham, é dificil encontrar algo que nos ajude a perceber. Aliás que me ajude a perceber, a entender o porquê desta mudança repentina.
Em que todos os dias eram felizes e perfeitos, e no dia seguinte, foi como se tudo se tivesse apagado, foi como se na tua memória eu deixasse de existir novamente.
Gostava de poder ser assim também, esquecer assim do nada quem se esquece de mim, mas como seria depois a minha vida? Seria um vazio ainda maior, porque não teria com que ocupar os meus dias, não teria uma inspiração para escrever o que escrevo, não haveria motivos para escrever, para sorrir ou para chorar, seria um vazio imenso, uma escuridão na memória, e um nada no peito.
Daí ser hoje o dia em que por mais que sofra, continuo perdida no nosso passado repleto de felicidade e no nosso presente, que deixou de ser nosso, repleto de sofrimento. Será assim tão necessário estarmos afastados? Será preciso continuar os meus dias tentando esquecer que fomos felizes? Porque não o continuarmos a ser?
Estou exausta de tanta pergunta invadir o meu cérebro, o meu coração, e sem uma única resposta, apenas a esperança, fazendo-o bater dentro do peito...
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